sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

USA for Africa - We are the world

Band Aid - Do They Know It's Christmas (Feed The World)




Este sim é o espirito de Natal...e isto deveria ser o mais importante!!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Festa de Natal da Acreditar - Vale a pena Acreditar!










A festa nacional de Natal da associação Acreditar, realizou-se no passado dia 13 de Dezembro no auditório da Universidade Católica da Foz.
Estiveram presentes os Fingertips, Flow 212, palhaços, mágicos, grupo de teatro e muito mais.
Também os Barnabés apresentaram um teatro e os voluntários "arranharam" umas musiquinhas.
A alegria e o sorrisos daquelas crianças foi o melhor presente que as pessoas envolvidas na festa poderiam receber.

Um obrigada a todos

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Acreditar com bancas de Natal no Norte Shopping

As Bancas de Natal da Acreditar, onde poderá adquirir os mais variados artigos, como livros (publicações da Acreditar referidos neste blog), t-shirts, relógios, blocos de notas entre outros, irão decorrer nos próximos dias 6,7 e 8 de Dezembro no NorteShopping em Matosinhos.
Passe por lá e dê o seu contributo. Aproveite alguns dos artigos de Natal para oferecer de prenda de natal aos seus amigos e familiares.
Pode também dar o seu donativo, que por pequeno que seja é sempre uma ajuda.
É preciso Acreditar!!!

Dia 5 de Dezembro - Dia Internacional do vlountário

Hoje é dia Internacional do Voluntário.
E são já tantos voluntários por todo o mundo. É uma alegria saber que cada vez mais as pessoas gostam de ajudar e querem fazer a diferença. Se cada um de nós der um pouquinho, estamos a lutar por um mundo melhor.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

LBV na 3ª edição da NATALIS - Feira de Natal de Lisboa

A Legião da Boa Vontade participa da 3ª edição da NATALIS – Feira de Natal de Lisboa, a ter lugar na FIL, Feira Internacional de Lisboa – Parque das Nações, de 6 a 14 de Dezembro de 2008.

Desde a moda, artesanato, joalharia, à gastronomia, este evento disponibiliza a todos a aquisição de prendas de Natal com o benefício de, com a sua entrada, estar a colaborar para o trabalho de diversas instituições, entre elas, a Legião da Boa Vontade.

Venha à NATALIS e visite o Stand da Legião da Boa Vontade.



Participe como voluntário(a) nas acções de Natal da LBV. Contacte a Instituição pelos telefones ou pelo e-mail: lbveuropa@lbv.pt.
Esperamos por si!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Programa Sorriso Feliz da Legião da Boa Vontade

No dia 11, no programa Bom dia Portugal, às 08h15, a RTP transmitiu a reportagem realizada, ao Programa Sorriso Feliz da Legião da Boa Vontade, no passado dia 31-10-2008.
No site desta televisão pode assistir a esta transmissão (Arquivo do Bom dia Portugal, 3ª parte, 08h15, dia 11 de Novembro de 2008).

Ajude com brinquedos e alimentos neste natal!

O Centro Social da Legião da Boa Vontade está a preparar a composição e a entrega, a mais de mil famílias, de cabazes com alimentos essenciais ao dia a dia, bem como característicos da época de Natal que se aproxima.
A entrega acontecerá durante o mês de Dezembro.
Todos podem ajudar doando alimentos e brinquedos, a serem distribuídos a famílias e crianças em situação de risco social.
Em www.lbv.pt veja onde pode deixar a sua contribuição.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Publicações da Associação ACREDITAR








A Associação ACREDITAR conta já com várias publicações as quais pode adquirir contactando a associação pelo site oficial onde se enocntram os restantes contactos.


Publicações:

- "Sentenças da Bicharada"
Vinte e quatro animais, a quem foi dado o dom da fala, exprimem em quadras alguns preceitos correctos e comportamentos que são de evitar.
- "A Medula do João"
O João, que adora fazer corridas, conta a todos a sua experiência de transplante de medula.
- "Livro para os Pais"
Informa os pais sobre o cancro infantil em geral, os exames e os tratamentos a que a criança é submetida.
- "Pinta-me um Desenho"
livro para colorir, que conta a história do urso Barnabé, que pretende dar às crianças informação sobre o tratamento.
- "Livro dos Adolescentes"
Ajuda os adolescentes, através de vários testemunhos recolhidos, a viver melhor este período difícil das suas vidas.
- "Gaspar-Químio"
A história do Gaspar-Químio ajuda as crianças a compreender todo o processo que envolve a quimioterapia.
- "Rui-Rádio"
Dá informações, de uma maneira muito simples, sobre a radioterapia.
- "Guia para Professores"
Fornece aos professores a informação necessária para facilitar a reintegração e o acompanhamento na escola, das crianças com cancro.
- "O Meu Filho tem Leucemia"
Informa os pais sobre o tratamento específico, o transplante de medula e o apoio que os eles podem dar e receber.
- "Os Chapéus da Catarina"
Abordagem de um caso de cancro infantil centrado no significado dos chapéus durante a vida de uma rapariga.
- "Quando os nossos filhos têm cancro"
Testemunhos de pais sobre a experiência vivida.
- "VIVA! Manual de boas-vindas"
O Mico descreve o hospital, fala dos tratamentos e faz um apelo à coragem.
- "O Meu Irmão Tem Cancro"
O cancro visto através dos olhos e dos sentimentos de um irmão.





quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Publicidade do banco alimentar 2007



Publicidade da campanha nacional do banco alimentar 2007.

Ajuda com material para jovens e adolescentes

A associação ACREDITAR recebe todo o tipo de material que possa ajudar crianças e adolescentes vítimas de cancro, e as suas famílias. Desde brinquedos, livros, dvds, material escolar e didáctico, roupas, produtos para bebés e uma infindável variedade de coisas.
No entanto aquilo que mais nos chega é material direccionado para crianças, ficando assim em falta material direccionado para a camada mais jovem.

Sendo assim, gostariamos de pedir a sua colaboração ajudando com dvs, livros ou outro material que possa de alguma forma ajudar de alguma forma nesta fase mais complicada das suas vidas.

Desde já o nosso obrigado de coração!

Campanha de recolha de alimentos

Praticamente todos os dias centenas de pessoas recebem o auxílio da Legião da Boa Vontade.

Os alimentos são bens essenciais e integrantes do apoio prestado pela instituição, pois são inúmeras as famílias e as pessoas sós que, sem possibilidades económicas, procuram, entre outros, o apoio alimentar. É para elas que a LBV desenvolve programas de cariz humano, social e educacional, visando minorar necessidades físicas, promover a auto-estima e os cuidados de saúde, em especial da saúde oral.

As campanhas de recolha de alimentos, realizadas em shopping’s, supermercados e hipermercados, a nível nacional, ajudam na composição dos cabazes com géneros alimentícios.

Com o Natal a chegar, é tempo de trabalhar para a composição de mais de 1000 destes cabazes, a serem entregues durante o mês de Dezembro, originando que o Centro Social da LBV tenha de assegurar que não haverá falta de alimentos para quem deles precisa.


Seguem as datas das próximas recolhas de alimentos, a serem realizadas na cidade de Coimbra e na cidade de Lisboa:


Dia 31 de Outubro, dias 1 e 2 de Novembro, a LBV realiza recolha de alimentos no Pingo Doce, na cidade de Coimbra (loja 1 – Rua da Sofia e loja 2 – Rua do Brasil).

Estão a ser formadas equipas de voluntários para estarem presentes nesta recolha.

Se vive na cidade de Coimbra, participe com a sua doação em alimentos bem como sendo um dos voluntários integrantes desta acção.

Contacte o Centro Social da LBV, nesta cidade, pelo telefone: 239 838 133 ou dirija-se à Rua do Arnado, n.º 3, em Coimbra.


Dia 6 de Novembro, a campanha de recolha de alimentos continua, desta vez na cidade de Lisboa, no Pão de Açúcar das Amoreiras. Para participar das equipas de voluntários nesta cidade por favor ligue 217 154 890 ou dirija-se à Rua D. António Caetano de Sousa, n.º 15 D, em Benfica.


OBRIGADO.

www.lbv.pt

terça-feira, 29 de julho de 2008

Carla Antunes - ilustradora da acreditar






Carla Antunes diz que se tornou ilustradora porque não conseguiu ser fada. As suas ilustrações são de uma inocência cheia de ternura, de cores alegres e contornos redondos. Diz ter dois grandes sonhos: conhecer um Anjo e poder andar descalça nas nuvens.

Carla Antunes nasceu em Lisboa, em 1974. Desde 1997 que publica ilustrações suas em várias revistas e jornais. Colabora regularmente, desde 1998, com a revista “Pais e Filhos” e com o suplemento da Revista Notícias Magazine “Terra do Nunca”.

É ilustradora em regime de voluntariado na Associação ACREDITAR (Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro) para a qual fez a imagem de apresentçaõ e já ilustrou três livros.

Tem ilustrado vários livros escolares e pré-escolares. Em 2002 e 2003 criou personagens que foram utilizadas numa linha da marca Klorane bébé. Participou em várias exposições de ilustração, entre as quais «Ilustração Infantil», em Janeiro de 2003, organizada pelo Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem.

A sua técnica implica pintura com tinta da china e lápis de cor sobre papel aguarela. Poderão admirar alguns dos seus trabalhos no seu site.

Ilustra actualmente a Colecção Histórias Esbrenhuxas, com textos de Margarida Castel-Branco, editadas pela Verbo. São histórias divertidas com bruxas, reis, rainhas e princesas num universo cheio de cor e alegria, que nos fazem recordar as histórias tradicionais portuguesas.

site da ilustradora:
http://www.carlaantunes.com/

A solidariedade... até entre os animais existe!

terça-feira, 13 de maio de 2008

"Banco alimentar" para a Acreditar


Na sexta dia 2, era dia de IPO, de passar amanha no cantinho com os nossos meninos. Desta vez fui só eu, porque os meus dois colegas foram para o Jumbo do Parque Nascente angariar alimentos e material escolar para a Acreditar.

Como a única menina marcada para essa manha, não saiu de lá de dentro da consulta, estando eu sózinha e sem trabalho, por volta das onze fui também rumo ao parque nascente.

Ainda consegui estar lá sensivelmente uma hora e meia, com o Francisco, a Cátia e o Joaquim.
É bom ver que ainda há pessoas que gostam de ajudar e contribuir... poucas, mas existem.

E lá estávamos nós, a entregar um saco plástico e a perguntar "desculpe, quer contribuir para a Acreditar com alimentos ou material escolar?"

Alguns nem nos ouviam, outros diziam logo que não, enquanto outros pegavam logo no telemóvel para simular estar com uma chamada. Outros ainda diziam "amanhã pode ser?" ou "hoje estou com pressa!", ou ainda "eu já judo este ou aquele...".
A nós respondíamos sempre com um sorriso e um "obrigada na mesma"... tinha que ser!

Mas realmente é incrível apercebermo-nos de que para gastar 2 euros com arroz, massa ou leite para as crianças, custa tanto... mas gastar o mesmo dinheiro em tabaco, numa revista ou em tantas outras coisas sem o mínimo de interesse, não custa nada.

Este país é um país onde o sentido das prioridades está todo trocado. As pessoas não conseguem ver que para eles um ou dois euros não é nada, e que para estas crianças é muito, e se todos dessem, nem que fosse 50 cêntimos...o mundo seria um sítio melhor.

Mas havia pessoas, graças a Deus, que mal viam que era para ajudar, pegavam logo no saco e até houve alguns que nos vinham pedir, se estivéssemos a atender outra pessoa. São essas pessoas que nos fazem acreditar que o Mundo não é um lugar perdido e que podemos sonhar e ambicionar por um Mundo melhor!

Mas só estive lá nem duas horas, pois trabalhava de tarde, mas colegas meus como a Cátia e o Joaquim estiveram lá um dia inteiro... Para eles a minha profunda admiração e gratidão.
Eles sim são grandes!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Solidariedade, passe este gesto adiante!!

18 de abril de 2008

Esta sexta tivemos uma experiência diferente. Desta vez, além de um menino lindo de 4 anos, tivemos um jovem de 16 que tinha perdido a visão devido à Leucemia.

O Joaquim já o conhecia, mas para nós era a primeira vez que iríamos contactar com ele.
A história dele não era fácil. Tinha andado muito tempo em hospitais a tentar descobrir o que tinha, só quado perdeu a visão suspeitaram de Leucemia. Por isso não foi uma criança que nasceu sem a capacidade de ver, ele sabe o que isso é...mas perdeu-a!

A principio pensei, que iria ser difícil comunicar com o "Nelson" devido a ser invisual... passou-me pela cabeça que seria um jovem magoado e triste. Mas não podia estar mais enganada! Deve ser das pessoas mais comunicativas e mais bem dispostas que conheci...
Entrou logo no cantinho a gozar com o Joaquim, por o Benfica "dele" ter perdido! O "Tiago" de 4 anos já lá estava a brincar connosco há algum tempo. Tinha feito o transplante de medula há um mês e tinha perdido o cabelo, sobrancelhas, pestanas...

Com a máscara na cara, entrou veio um pouco a medo, e um pouco envergonhado, mas depois de um ou dois puzzles já queria brincar com tudo. Mal acabava um jogo queria que o pegasse ao colo para espreitar o que havia mais no armário que pudesse brincar...isto repetiu-se várias vezes!
Foi uma animação aquela manhã.

O Nelson levou o seu leitor de dvd portátil, o qual manobrava de uma maneira espantosa, muito melhor do que qualquer um de nós que se prende apenas a um sentido (à visão). Todo contente mostrava-nos as ultimas musicas que tinham saído para o mercado: "e já ouviste esta?".."espera vais ouvir esta, esta é que é altamente!".... Foi uma delicia ver como ele vibrava com cada musica, e como facilmente encontrava o que queria e que com um sorrisos enorme nos mostrava e ficava à espera da nossa reacção.
Como ele próprio diz "eu sou cego mas vejo mais que vocês todos juntos!".... e é verdade!
Uma alegria de viver, uma força da natureza mesmo este Nelson... contagiante, inspirador!!


Se pensar-mos que poderá ter em comum uma menino de 4 anos e uma jovem de 16 invisual... pois eu também não sabia... mas acreditem que eles encontraram.
O Nelson com o seu leitor de dvd mostrava as musicas ao Tiago, ajudava-o a construir estruturas, brincava com ele...foi das melhores manhas que já passei no nosso cantinho!

Mais uma lição de vida, vinda das pessoas que arranjam forças, esperança e alegria de viver nas suas tristezas e limitações. Um bem haja a estes dois anjos!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Sexta 11 de abril no IPO!

Nesta manha só viria a Vanessa, mas mais uma vez estávamos à espera que ela não quisesse juntar-se a nos!
Estávamos nós, o Joaquim, o Francisco e a Filipa e eu, a organizar o cantinho, a arrumar uma caixa cheia de missangas e peças para fazer colares e pulseiras, quando ela chegou.
Passou e ficámos na duvida se viria bem disposta ou se se iria encostar a um cantinho envergonhada.
Mal passou aproveitei logo a deixa da caixa estar de fora e perguntei "queres vir fazer colares para a nossa beira?"....foi a melhor coisa que podia ter feito, porque disse logo "pode ser!" e veio sentar-se na mesinha do CANTINHO.
Foi um animação essa manha, ela estava muito bem disposta, cheia de genica e alegria. Queria fazer colares, brincos, pulseiras...para ela para a mãe, para nós, para toda a gente.
Foi incrível ver os olhinhos dela a saltitarem de um lado para o outro...brilhavam mais que duas estrelas, e mesmo com a mascarazita em frente da boca e nariz, essa mascara era ofuscada e eu conseguia ver o sorriso que ela rasgava por baixo dela!

Até a mãe se veio sentar à nossa beira...foi muito bom!

Foi mais uma manha muito bonita, com muita alegria e trabalho de uma equipa divertida e empenhada.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

5 de Abril, ronda do FCP tri-campeão!


Mais uma noite fria nas ruas do Porto, mas esta era especial, e ao sê-lo, aquecia o coração de muitos.
Sabíamos que ia ser uma ronda diferente e especial, porque neste sábado, o Futebol Clube do Porto, quase de certeza se iria sagrar tri campeão nacional. Isto envolvia não só a dificuldade relativa ao centro de dia da Legião da Boa Vontade se localizar perto das antas, como também à dificuldade que teríamos em passar a carrinha pelo meio do Porto num dia em que era o "salve-se quem puder" a estacionar os carros!

Bem, encontràmo-nos no centro de dia, cada um a estacionar os carros onde conseguia, e começamos a fazer os kits de comida, com as frutas pão e bolos. Depois dos kits preparados, carregamos as panelas enormes de sopa, os kits, a água, os cobertores, roupa, calçado, sabonetes, preservativos e o que mais havia para levar.

Uma equipa de oito elementos, que trabalhando em linha de montagem, pareciam formiguinhas, em quarenta minutos tínhamos tudo preparado.
Estando tudo pronto e carregado, pusemos os nossos coletes amarelos de voluntários e em circulo e de mãos dadas rezamos o Pai Nosso para que tivéssemos uma boa ronda.

Começamos por volta das 10 e foi um trinta e um para conseguir-mos passar em certas ruas. Pelo centro do Porto era quem mais apitava e gritava pelo campeão. Era um, depois dois e até que se chegou aos seis golos....
Até algumas das pessoas que habitualmente se juntava nos locais em que costumamos parar, tinham ido para o meio da confusão, festejar, trabalhar ou pedir.

Mais uma vez cada um tinha a sua tarefa. O Joaquim voltou a ser o motorista e guia, a Silvia a secretária e a que entregava o material de higiene, como champôs, gel de banho, lâminas de barbear, pentes e escovas de dentes. A Ana, a dona Maria do Céu e a Marisa ia distribuindo a sopa, a água e os kits. Eu mais uma vez fiquei na roupa desta vez com a minha mãe que depois de me ouvir contar todas aquelas histórias,que infelizmente são a realidade, ficou com vontade de conhecer e ajudar.

À medida que a noite passava ia-mos deixando a sopa e os kits aos sem abrigo e à população mais carenciada. Ao início da noite pelo calor que se tinha feito sentir durante a semana, e pelos ânimos quentes, só pediam t-shirts e camisas frescas. À medida que a noite ia passando o frio começou apertar e começaram a pedir as camisolas mais quentes e grossas, casacos e blusões.
Na rua existem muito mais homens que mulheres e por isso as sacas enormes de roupa de homem, que vinham carregadas até ao cimo, vinham vazias, enquanto que as de mulher que vinham igualmente cheias traziam ainda muita coisa.
Para o fim da noite começa a dar uma dor de alma, porque pessoas cheias de frio nos pedem meias e roupa quente, e apesar de racionar-mos e tentar-mos equilibrar bem o que damos, no fim já quase nada há para distribuir.

Demos todos os kits de comida e esvaziamos as panelas da sopa, só parámos quando a carrinha estava vazia de comida!

Por qualquer rua se via pelo menos um sem abrigo a dormir sem condições de higiene, com apenas a roupa do corpo, um cobertor e um cartão ou um jornal.
Ao inicio da noite ainda estão acordados a tentar adormecer com o barulho da cidade, que no sábado estava especialmente ruidosa. Mas para o fim da noite já temos que os acordar para lhes oferecer alguma coisa que os alimente e os aquece no meio de tanta solidão e esquecimento.
Alguns passam a semana à espera da nossa visita, como por exemplo o sr Manel (nome fictício), o primeiro que visitámos e que se costuma abrigar-se por baixo do viaduto da Areosa. Ria-se, fazia cara de mau a meter-se com o Joaquim, comia a sopa com gosto e sofreguidão de quem não come um prato quente há dias, e brincava ao escolher a roupa. Tentava ganhar tempo e aproveitar a nossa companhia, o que se percebia nas suas palavras "já vão?, mas estão com pressa?"...Partiu-me o coração logo ao início da noite, mas engoli em seco, enxuguei a lágrima do canto do olho e seguimos viagem.

A nossa "tia" desta vez estava feliz da vida, é ferranha pelo FCP, e só mostrava a t-shirt do clube. Depois de comer veio pedir-nos a roupa e eu disse que desta vez ía tentar arranjar um soutiã bom para ela, ao que ela me responde "ó amor eu tenho mamas, queres ver, não serve um qualquer!".
Eu já espera disto respondi "não, já me mostrou da outra vez, eu sei, mas mesmo assim vou procurar!". E procurei mas realmente a senhora era avantajada e não havia no saco da roupa interior nada que lhe servisse. Então consegui deixá-la toda sorridente porque ao fim de ver vários casacos e várias camisolas das quais não gostava, arranjei um casaco que adorou. Mandou-me logo beijinhos e sorriu com o seu único dente, agarrou-me na mão e ao ver a aliança "minha linda já és casada?...que rica!". Foi um momento que não vou esquecer!

Uma cena que também em chocou foi um dos homens que apareceu junto à carrinha na Sé, vinha ainda com a agulha pendurada no braço de se drogar. Ao ver a carrinha chegar nem se lembrou de a tirar e apressou-se a vir comer e buscar alguma roupa. Foi um pouco chocante, mas a vida na rua é mesmo assim.

A rapariga que na última ronda estava grávida, contou-nos que tinha abortado espontaneamente na segunda anterior, o que apesar de ser triste por um lado, por outro lado deve ter sido por mão de Deus, para que esta criança não nascesse na rua. Um dos elementos reconheceu uma das raparigas e conversou em pouco com elas. Eram duas amigas em que uma delas tinha engravidado e estava com o namorado também, os três na rua. Eram de boas famílias, famílias com dinheiro e não estavam na rua por necessidade, mas sim por opção. Ninguem percebeu aquela guerra entre pais e filhos, e aqueles de nós que eram pais sentiram um aperto no peito, ao pensar que depois de criar um filho com tanto esforço e carinho podiam perde-lo para a rua... deve ser uma dor enorme!

Por volta das 4 acabámos, pois não tínhamos mais comida e voltámos para o centro de dia para arrumar tudo. Se mais comida houvesse, mais horas andávamos na rua.
Por volta das 4:30 saí com a minha mãe para fazer a viagem de volta para casa, que ainda iria demorar uma meia hora!
Para ela foi a primeira vez e ela vinha ainda com as emoções quentes, com todos aqueles sentimentos novos que a assolavam. Revia cada momento e cada história, contava peripécias e já falava da próxima vez. Assim como eu adorou aquilo.

Foi mais uma noite cheia de sentimentos à flor da pele e de emoções contidas. Mas no fim o que interessa é a sensação que se fica de que se ajudou, de que se deu algo, de que se foi importante para alguém que não tem nada e quase nenhumas razões para sorrir. Apesar da miséria e da pobreza que vimos, foi mais uma noite lindíssima a de 5 de Abril!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Obrigada Manuel, Ana, Anabela, Rodrigo, José Manuel e Rita!

Cada vez mais pessoas ajudam e entram nesta onda de solidariedade. É mesmo magia o que se pode fazer... Ajudar não custa nada, basta um pequeno gesto, uma pequena palavra e podemos fazer alguém feliz!

Um beijo de coraçaõ atodos aqueles que ajudam.

Solidariedade, você pode, você faz!

Sexta feira 2 de abril no IPO


Nesta sexta feira não houve meninos para os tratamentos, fosse isso sinal de que não existiam mais meninos doentes...

Então aproveitamos o tempo para discutir ideias e projectos para o nosso cantinaho da acreditar. O Joaquim, a Filipa, o Francisco e a Marta, tdodos nós demos opiniões para fazer mais e melhor. Nesta semana já haverá meninos e aí poderei contar mais peripécias destes nossos anjinhos.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Associação Acreditar (Associação de pais e amigos de crianças de cancro)


"Tratar a criança com cancro e não só o cancro na criança!
Este é nosso lema, que espelha o que pretendemos com a nossa Associação.
Todos os anos surgem mais casos de cancro infantil. As crianças com cancro e os seus pais sofrem durante anos psíquica, física e economicamente. A experiência mostra que a solidariedade é um factor de extrema importância para ajudar a minimizar os problemas causados pelos longos e difíceis períodos de tratamento.
Por outro lado, é cada vez maior a percentagem dos que vencem a doença."

"Vale a pena ter esperança quando se fala em cancro infantil?
A Acreditar é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que pretende ajudar as crianças e as respectivas famílias a superar melhor os diversos problemas que se colocam a partir do momento em que é diagnosticado o cancro, contribuindo para fomentar a esperança.
Há, de facto, razões para fundamentar essa esperança: actualmente, cerca de 70% dos cancros infantis pode ser totalmente curada e cada dia que passa se registam progressos na luta contra a doença.
A Acreditar vive essencialmente dos apoios dos seus associados e amigos, do trabalho de voluntários e de um reduzido corpo de pessoal administrativo que assegura a sua gestão corrente.
O seu trabalho reparte-se por Núcleos Regionais: Norte (Porto), Centro (Coimbra), Sul (Lisboa) e Madeira (Funchal), correspondentes aos centros urbanos onde existem hospitais de oncologia pediátrica.
A Acreditar é membro fundador da ICCCPO (Confederação Internacional das Associações de Pais de Crianças."

Isto é apenas parte do que encontra na primeira página do site da Associação:
http://www.acreditar.org.pt/index.htm

Neste site poderá ainda conhecer os objectivos desta associação, as casas acreditar, os seus projectos, a maneira de você próprio ajudar, notícias, publicações e muitas outras coisas. Visite este site e verá aquilo que é feito por esta associação, e também o que pode fazer para contribuir por esta causa.

Obrigada

Um video lindo...sem palavras!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

O nosso cantinho da Acreditar no IPO!
























Mais uma manhã no IPO, com novos colegas voluntários!

No dia 28 de Março éramos cinco, em vez de um ou dois, embora dois de nós depois tivessem que ir reunir.
Hoje a Vanessa* vinha ao tratamento e quando chegou, não nos deu grandes hipóteses. Não queria brincar, nem jogar nem sequer vir para o nosso cantinho no ipo. Estava acompanhada por outro menino, o Manel*, que também ele ainda não foi conquistado pela nossa simpatia e amizade...estavam assim os dois entretidos um com o outro.
No entanto, apesar de não ter ter-mos nenhum menino em tratamento para ocupar as cadeiras da mesinha do cantinho da Acreditar tivemos dois meninos que muito nos ocuparam e entreteram. Sim porque além das crianças em tratamento, por vezes pais e avós levam as crianças consigo e torna-se difícil entretê-los num hospital como este.
Estes dois primos iam a companhar o avô e meu Deus se tinham energia.
Os avós de quando a quando olhavam de soslaio, esboçavam um sorriso rasgado de contentamento e agradecimento e voltavam a olhar para o relógio a ver o tempo a passar.
Passou-se bastante tempo, mesmo, e utilizámos quase tudo que havia nos armários e fora deles: livros, jogos, puzzles, aguarelas, marcadores, lápis de cera e de cor, cartolinas, recortes,missangas para colares... até fizemos a experiência do feijão no algodão por causa do dia da árvore passado.
Foi uma animação aquela manha, os três que lá estávamos não conseguíamos igualar a energia daqueles dois regilas.
No entanto mais para o fim da manha, quando o pequeno Manel se foi embora, a Vanessa lá se foi chegando, espreitando e acabou por se juntar aos dois primitos e então aí a festa foi completa.
Mais uma manhã maravilhosa, que nos deixa com os corações cheios.

*os nomes das crianças são fictícios para proteger a sua privacidade.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Imagens da realidade das ruas!

Pedro Abrunhosa - quem me leva os meus fantasmas.

Sem abrigo no Porto.

Obrigada Conceição e Edite!

Mais duas amigas procuraram "no fundo do baú" e encontraram roupas que para elas já não tinahm utilidade. Desta vez até cobertores vieram. Um muito obrigada de coração.
Tudo o que deram vai ser de muita valia paar quem mais necessita.

Um beijo enorme!

segunda-feira, 31 de março de 2008

A minha primeira ronda...


Em plena sexta feira santa ficou combinada a minha primeira ronda, pela Legião da Boa Vontade. De pois de estar-mos todos os oito presentes, por volta das 9:30, no centro social da associação, pusemos mãos ao trabalho!
Uns carregavam o prato, nas grandes panelas rectangulares (rancho desta vez), outros cortavam os pães e barravam-nos com manteiga, outros separavam os bolos, eu escolhia as tangerinas e as maças, e outros ainda enchiam então os sacos com todos estes alimentos para fazer os kits.
Cada kit levava um bolo, dois pães com manteiga, duas tangerinas e duas maças.
Carregámos todos os kits para a carrinha da Legião, carregámos a pepsis, a água e a roupa e cobertores de que dispunhamos nesse dia.
Era uma equipa em que nem todos se conheciam, como eu, que era a minha primeira vez, mas todos trabalhavam cheios de vontade e entusiasmo.
As roupas que iríamos levar eram oferecidas, tanto directamente à legião, como angariadas pelos voluntários que nesse dia faziam ronda.

Estando tudo pronto, pusemos os nossos coletes que identificam os voluntários da legião e demos todos as mãos. Rezámos um pai nosso e desejámos a todos uma boa ronda. Iria começar a noite!

Decidimos as tarefas de cada um e enfiámo-nos dentro da carrinha.
Joaquim, o "manda chuva" que me trouxe para estas andanças, seria o condutor.
O sara seria a secretária que teria que registar tudo o que era distribuído.
A teresa e o victor, um casal fantástico, estariam na distribuição da comida, e a dona Rosa iria ajudar nessa tarefa.
A cátia e eu ficaríamos na roupas, e o outro Joaquim ficaria a "controlar os ambientes".

Começámos então o que para mim era algo de novo. Fomos percorrendo a lindíssima cidade do Porto à noite, pelas ruas e avenidas principais que de dia estão cheias de via e de pessoas...agora de noite mostravam toda a miséria e pobreza que bela se tentava esconder.

Desde Santa Catarina, aos Aliados, passando pela Areosa, Marquês, Praça da República, Santo Ántónio e Lima Cinco. Todas as ruas eram passadas a pente fino, toda agente tinha os olhos bem atentos para ver se avistava algum sem abrigo que pudessemos ajudar naquela fria noite com um cobertor e um prato de comida.

Além dos sem abrigo, tinhamos alguns locais já rotineiros, onde se parava sempre. Locais onde se junta a população mais carenciada, não só os sem abrigo, como também, toxicodependentes, prostitutas, ou pessoas que vivem em condições precárias.

O "ritual" nas zonas carenciadas era então. A carrinha parava e saia toda a gente, excepto as duas meninas da roupa (nós). As pessoas responsáveis pela distribuição de comida iam para a zona de trás e preparavam-se para distribuir a comida. A sara e os joaquins também se colocavam perto da carrinha para ajudar.
Primeiro era distruída a comida, isto é, o prato, água ou pepsi, e o kit alimentar.
Depois de comerem, as pessoas vinham à janela da carrinha e pediam as peças de roupa que precisavam, ou uma camisola e umas meias, ou um casaco e umas calças...
Depois a sara ainda distrubuía pentes, champôs, geis de banho, cotonetes, giletes (amostras de hotel) e kits de preservativos.

Acabado uma zona, toca a arrumar a roupa que estava toda espalhada de tirar-mos as peças para fora, para as pessoas verem e escolherem, e toca a entrar todos na carrinha de novo.
A sara secretária aponta os kits de comida e roupa distribuída e logo arrancamos para outra zona.

Com os sem abrigo era diferente. Mal via-mos um a dormir por baixo de uns cartões ou cobertores pedia-mos ao joaquim para parar e ia-mos lá oferecer um cobertor, uma parto de comida e um kit!
É incrivel ver as condições em que algumas pessoas vivem, é uma miséria, uma tristeza e um sofrimento. Mas enquanto estamos afazer voluntariado, não nos podemos deixar afectar, embora por vezes dê vontade de chorar e de questionar o mundo em que vivemos, a nossa função naquele momento é tentar fazer o que está ao nosso alcance. É dar um pouco de nós, é contrubuir de alguma forma e saber que por pouco que façamos, já é alguma coisa, e para alguns é muito mais do que possamos imaginar.
Nós, que já não sabemos viver sem tv, telemóvel, pc e outros bens materiais, -mos as condições em que estas pessoas vivem, que dependem de terceiros para se vestirem e para comer...e temos vontade de dar aquilo que temos e aquilo que não temos!

Houve situações que me marcaram, pelo caricato da cena:
Uma prostituta de cerca de 60 anos queria um soutiã e ao ver aqueles que ia-mos mostrando para escolher, começou a mostrar o que trazia, mas não uma nem duas, nem tres vezes, mas cinco. "Ò menina não vê que eu tenho mamas?..acha que cabem aí? *****"...hehhehe!

Mas outras alturas houve em que foi preciso ter muito sangue frio, para não deixar cair as lágrimas:
Um dos sem abrigo estava a dormir dentro de um banco, para se manter mais quente coitado, e tivemos que ir buscar um cartão multibanco para conseguir oferecer-lhe a comida e roupa.

Vimos jovens de 15, 16 anos a viver na rua, cheios de frio e vimos-lhes a felicidade estampada no rosto, apenas por lhe dar-mos mais um cobertor.

Um casal de jovens que não tinham mais de 21 anos,e que eram novos na rua, ela estava grávida...e isso chocou-me. Imagino que tenha sido posta na rua pela mãe, mas não sei. Na altura de pedir a roupa pediu umas calças e eu perguntei depois se também queria uma camisola,ao que em respondeu "mas não é só uma peça para cada um?"...aí deu-me um nó na garganta, mas continuei como se nada fosse "não, calro que não, leva camisola, e o que mais precisar!".

Um casal de sem abrigo que dormiam num túnel, depois de ir-mos lá levar-lhes a comida e os cobertores, despediram-se a atirar beijos e com um sorriso de gratidão enorme nos lábios...

E é a sensação de ajuda, de ser importante para alguém, de sentir-mos que com o pouquinho que damos podemos fazer a diferença que nos despedi-mos uns dos outros eram já 3:30 da manhã..cansados mas felizes.
Espero ansiosamente pela próxima, foi uma equipa espectacular, que permitiu um trabalho excelente.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Obrigada Sónia e Patrícia!

Obrigada queridas amigas por prontamente terem respondido ao meu pedido de ajuda nos cobertores e na roupa. O que para nós é apenas mais um casaco e uma camisola para escolher entre as vários que temos, para as pessoas que vivem na rua, e que vivem em condições precárias, significa uma noite mais quente e uma vida um pouco menos desconfortável.

Um muiuto obrigada de coração. Graças a Deus que ainda existem pessoas que ajudam o próximo.

Beijinhos

quarta-feira, 26 de março de 2008

Depois conheci a Vanessa!

Bem a Vanessa (nome fictício) era a única menina, marcada para tratamento para a semana seguinte, mas avisaram-me logo "ela não costuma ficar por aqui, fica lá dentro e não se entretem aqui no cantinho!".
Apareceu ela e perguntei-lhe se ela queria brincar e ela prontamente respondeu "vamos lá!".
Para quem não se dava, ela deu-me "um treino" bem grande. Com 9 anos ela tinha uma genica e logo um à vontade que me impressionou imenso.
Fizemos puzzles, lemos a "Bravo" que ela levou (lembro-me de "ler" esta revista em alemão...no meu tempo de liceu), fizemos desenhos, jogos...o diabo a sete!
Com o tempo gasto nos tratamentos e com a doença a capacidade de leitura dela estava um pouco atrasada, por isso apesar da preguiça dela, insisti para ler-mos durante um bom periodo de tempo, para que pudesse melhorar.
Ela dizia tudo que lhe vinha a cabeça e fazia-me rir com cada umas das suas "saídas" inesperadas.
Ficava toda contente quando conseguia acertar nas peças do puzzle, ou quando o estavamos quase a terminar...a alegria nos olhos dela, compensavam todo o cansaço e desgaste que podia sentir depois de uma semana de trabalho.
Feliz ou infelizmente os resultados dos exames não vieram bem, então teve que repeti-los e por consequencia continuamos na nossa "farra" por mais um bom bocado...
Foi uma manha incrivel, mesmo memorável!

Fernando e Rita no IPO do Porto.

O meu primeiro contacto com o voluntariado foi no dia 7 de março, uma sexta feira de manhã. Foi o primeiro dia em que tive meninos com quem interagir. É no STMO (Serviço de Transplante de Medula óssea) do IPO do Porto. Por intermédio da Associação Acreditar que intervem também no internamento do IPO e no hospital de São João do Porto, temos o nosso cantinho neste serviço.
Conheci então o Fernando de 4 anos e a Rita de 5 (nomes fictícios).
O meu receio era de me emocionar e de me deixar levar pelas emoções e não conseguir assim ajudar, e era para isso que lá estava. Mas ao contrário do que eu podia imaginar, tanto um como outro apareceram para a consulta muito bem dispostos e cheio de vontade de brincar enquanto esperavam pelos resultados das análises. São eles que nos dão força, e que nos alegram a nós...perante tanta crueldade, eles são o motor de tudo!
Assim o meu "trabalho" estava facilitado, pois ambos se sentiram logo à vontade comigo e decidiram logo fazer os puzzles, os desenhos e tudo o que se lembraram.

O Fernando vinha de gorro e dava para ver que tinha perdido o cabelinho, pois também o mesmo tinha acontecido às pestanas e às sobrancelhas.
Já a Rita, embora de máscara também , pois todos os pacientes a usam visto estarem imunodeprimidos (com as defesas do organismo debilitadas), já tinha perdido o cabelo e este já estava de tal maneira crescido que ela já conseguia fazer um carrapito na cabecita.

É incrivel ver a força destas crianças, que sofrem e que passam por tanto. São uma inspiração, uma fonte de energia. E a forma como se dão, como nos deixam dar e participar neste processo que eles encaram com um a garra maior do que qualquer um que os rodeie, da-nos vontade de querer fazer mais.

Este foi o meu primeiro dia de voluntariado e que mudou af orma de eu percepcionar o mundo...foi o começo de um a nova fase da minha vida!

Agradeço este dia!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Ajudem com roupa e cobertores!!


Qualquer um de nós tem em casa roupa que já não usa e cobertores dos quais já não precisa.
É desse tipo de artigos que precisamos na Legião da Boa Vontade, para distribuir pelos sem abrigo, quando se fazem as rondas.
Qualquer peça de roupa, desde que esteja em bom estado. Homem ou senhora.
Calças, camisolas, casacos, t-shirts, meias, calçado, roupa interior...tudo mesmo.
O que a si não lhe faz falta, faz muita falta a alguns.
Por favor ajude!

Se puder ajudar envie uma resposta par o e-mail indicado no perfil.
Obrigada!